Na década de 1930 diversas expedições estavam sendo realizadas para a região central do país, parte do esforço central de ocupar a região ainda pouco explorada por colonizadores. Sendo assim, tivemos a criação do Conselho de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas (CFE), criado em 1934 a fim de ter controle de quem explorava o território do país, impedir a evasão de espécimes nativas e garantir que os resultados desta exploração, ainda que realizada por estrangeiros, contribuíssem para o Brasil.

A Bandeira Piratininga, objeto de pesquisa do grupo TCN, foi uma destas expedições, no entanto, realizou sua primeira incursão sem conhecimento do CFE, em 1937. Para a organização de uma segunda incursão, em 1938, foi duramente criticada: pela ausência do caráter científico na empreitada.

Heloisa Alberto Torres (1895-1977), antropóloga e diretora do Museu Nacional à época, denunciava que a composição do grupo expedicionário possuía apenas três cientistas, sendo o restante entusiastas e pessoas com experiência militar. Dentre esses cientistas, um foi considerado amador e dois eram estrangeiros, levando o questionamento dos objetivos da expedição e, principalmente, sobre a capacidade de se lidar com os indígenas da região, conhecidos pela violência.

Produzido por: Maria Gabriela Bernardino e Ian Filho
Coordenado por: Moema Vergara
Arquivo de História da Ciência do MAST

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