Acervo

Instrumentos

A expedição brasileira levou duas lunetas a Sobral com o objetivo de fotografar a coroa solar. A luneta do fabricante Mailhat possuía uma objetiva de 15cm e distância focal de 8m. Devido às suas dimensões, devia ser montada em posição horizontal, acoplada a um celostato do mesmo fabricante. Ambos os equipamentos foram adquiridos pelo Observatório Nacional pouco antes do eclipse total do Sol de 1912, mas não foram utilizados naquela ocasião. A câmera fotográfica empregada junto a esta luneta permitia obter chapas de 18 x 24 cm.

Já com a luneta menor, de Steinheil, podiam ser obtidas fotografias de 9 x 12 cm. Esta luneta ficava apontada diretamente para o Sol, e a fim de compensar o movimento de rotação da Terra, possuía um mecanismo de relojoaria em sua base. Suas dimensões eram: 10cm de abertura e 1,5m de distância focal.

Também integravam o equipamento científico da expedição brasileira três espectrógrafos, todos do fabricante Hilger. O maior deles possuía prisma de quartzo, e com ele podiam ser obtidos espectros de 3 x 10 polegadas. Os demais espectrógrafos possuíam prisma de vidro Flint, e permitiam a obtenção de espectros de 8 x 10cm. Todos os espectrógrafos estavam acoplados a câmeras fotográficas e acompanhados dos respectivos espelhos (heliostatos), usados para redirecionar os raios da luz solar para seus eixos. O heliostato do espectrógrafo maior foi construído nas oficinas do Observatório Nacional.