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Ciclo de Palestras: Afrofuturismo e literatura especulativa

Se existe um lugar onde a invenção é uma prática cotidiana e sinônimo de sobrevivência é na periferia/comunidade, que tanto faz se for chamada de margem ou cercania. Nela, vivem pessoas que geralmente não cabem no projeto da modernidade próspera, onde a cobertura de serviços básicos ainda é uma realidade distante. Isso evidencia que há algo de errado, pois enquanto uns almejam futuros com viagens interplanetárias ou alimentação feita em impressora 3D, outros ainda sonham apenas em poder ter saneamento básico para se viver.

Neste contexto, e também celebrando o mês da Consciência Negra, o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) realiza neste sábado (23) a edição do Ciclo de Palestras com o tema “Afrofuturismo e literatura especulativa: A transformação dos lugares de fala e ação da tecnologia e a mecnologia“. A iniciativa conta com a presença de Lu Ain-Zaila (Luciene Ernesto) pedagoga e escritora afrofuturista, que vai falar um pouco da proposta da literatura Afrofuturista e da relação entre a realidade e os olhares da periferia, onde o futuro biométrico exclui os indesejados do futuro e onde “Favela do Arlindo Cruz” é metáfora e filosofia que diz muito sobre a realidade nas comunidades. A pedagoga também vai falar um pouco sobre Mecnologia, um jeito próprio de nos enxergarmos entre tecnologias emergentes e necessidades presentes

Ao longo da palestra, o público vai conhecer como surgem os dialetos do “português-periferês” como uma forma de contar histórias especulativas, capazes de uma universalidade sem igual, onde todas as diferenças são riquezas e experiências educadoras e nunca uma motivação para construir muros e exclusão.

O Ciclo de Palestras começa às 15h no Auditório do Prédio Ronaldo Mourão. A atividade faz parte da programação de Fim de Semana do MAST. A entrada é gratuita!

Sobre a palestrante

Lu Ain-Zaila (Luciene Marcelino) Formada em Pedagogia (UERJ), escritora afrofuturista, autopublicou as obras Duologia Brasil 2408, composta por (In)Verdades e (R)Evolução (2016-2017), Sankofia (2018) e em parceria com a Ed. Monomito lançou Ìségún (2019, Coleção Universo Insólito). Escreve sobre educação, literatura, imaginário sociorracial brasileiro e insiste na possibilidade de mudar o mundo, principalmente aquele que está na cabeça das pessoas que se aproximam da sua escrita.